Conheci
Lory em 2000, nós tomamos posse juntas na Empresa, foi antipatia a
primeira vista, eu achei ela super metida, e soube depois que a
reciproca era verdadeira. Eu fui para Santo Amaro, e ela pra Cruz das
Almas, lá soube por um amigo, que também era amigo do marido dela,
que ao comentar que me conheceu, ela disse: Mara? Aquela feia e
tirada? Dois anos depois, por ironia do destino, fui transferida para
Cruz, pra trabalhar na mesma equipe que ela. Na época ela estava com
um barrigão imenso, grávida de 08 meses de gêmeas, nossos contatos
eram frios, o mínimo de cortesia do ambiente de trabalho. Ela
praticamente não trabalhou naquele mês, chegava e dez minutos
depois passava mal e ia embora; e eu sufocada com o trabalho, já que
a equipe era formada apenas por eu e ela. Em julho ela se afastou
para ter as binhas (ela chamava as duas de binha porque não
diferenciava muito bem, rs), e só voltou em dezembro; aos poucos
fomos nos aproximando e ficando amigas. Percebi que ela era boa de
serviço e vinha sendo subaproveitada, propus que ela me substituísse
nas minhas férias, e isso nos aproximou ainda mais. Ela deu show no
trabalho, e eu acabei perdendo a colega de equipe, já que ela passou
a ser disputada pra substituir todo mundo. Tempos depois, quando já
eramo amigas, ela me confessou que não ia com a minha cara, que não
gostava de trabalhar com mulher, e que não sentia nada durante a
gravidez, que inventava para não trabalhar comigo.
Glaúber
me conquistou pelo meu órgão mais sensível: o estômago. Ele
cozinha deliciosamente bem, e me mimava com linguicinhas caseiras,
moqueca de camarão com maturi, leitão a pururuca, macarrão com
molho de camarão, e por aí vai... Lory chegava com o recado,
Glaúber vai fazer tal coisa pra você, e lá ia eu pra roça comer
as gostosuras preparadas por Glaúber, e me deliciar com o papo de um
dos caras mais inteligentes que eu conheço, apesar de ter
posicionamentos bem particulares e polêmicos sobre alguns assuntos.
Eles dois como casal então, são o maior barato, eu dou muita risada
com as aventuras de Lory para conquistar Glauber, e os testes de
Glauber pra aprovar Lory como esposa. A maior prova de amor de Lory
foi ir me visitar lá em Aporá, como ela mesma diz, um fim de mundo.
Não esqueço também o dia em que Gláuber e Lory, em pleno São
João em Cruz das Almas (só quem já foi sabe o inferninho em que a
cidade se transforma nesta época) colocaram eu e Dalila dentro do
carro, e rodaram a cidade de cima a baixo procurando uma casa pra
gente alugar de emergência.
Enfim,
quando fui entregar o convite para padrinhos, perguntei aos dois qual
o conselho que eles me davam como padrinhos, e em uníssono eles
responderam: - Não case!!! Estes dois são figuraças mesmo, rs.
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