quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Lory & Glauber


Conheci Lory em 2000, nós tomamos posse juntas na Empresa, foi antipatia a primeira vista, eu achei ela super metida, e soube depois que a reciproca era verdadeira. Eu fui para Santo Amaro, e ela pra Cruz das Almas, lá soube por um amigo, que também era amigo do marido dela, que ao comentar que me conheceu, ela disse: Mara? Aquela feia e tirada? Dois anos depois, por ironia do destino, fui transferida para Cruz, pra trabalhar na mesma equipe que ela. Na época ela estava com um barrigão imenso, grávida de 08 meses de gêmeas, nossos contatos eram frios, o mínimo de cortesia do ambiente de trabalho. Ela praticamente não trabalhou naquele mês, chegava e dez minutos depois passava mal e ia embora; e eu sufocada com o trabalho, já que a equipe era formada apenas por eu e ela. Em julho ela se afastou para ter as binhas (ela chamava as duas de binha porque não diferenciava muito bem, rs), e só voltou em dezembro; aos poucos fomos nos aproximando e ficando amigas. Percebi que ela era boa de serviço e vinha sendo subaproveitada, propus que ela me substituísse nas minhas férias, e isso nos aproximou ainda mais. Ela deu show no trabalho, e eu acabei perdendo a colega de equipe, já que ela passou a ser disputada pra substituir todo mundo. Tempos depois, quando já eramo amigas, ela me confessou que não ia com a minha cara, que não gostava de trabalhar com mulher, e que não sentia nada durante a gravidez, que inventava para não trabalhar comigo.
Glaúber me conquistou pelo meu órgão mais sensível: o estômago. Ele cozinha deliciosamente bem, e me mimava com linguicinhas caseiras, moqueca de camarão com maturi, leitão a pururuca, macarrão com molho de camarão, e por aí vai... Lory chegava com o recado, Glaúber vai fazer tal coisa pra você, e lá ia eu pra roça comer as gostosuras preparadas por Glaúber, e me deliciar com o papo de um dos caras mais inteligentes que eu conheço, apesar de ter posicionamentos bem particulares e polêmicos sobre alguns assuntos. Eles dois como casal então, são o maior barato, eu dou muita risada com as aventuras de Lory para conquistar Glauber, e os testes de Glauber pra aprovar Lory como esposa. A maior prova de amor de Lory foi ir me visitar lá em Aporá, como ela mesma diz, um fim de mundo. Não esqueço também o dia em que Gláuber e Lory, em pleno São João em Cruz das Almas (só quem já foi sabe o inferninho em que a cidade se transforma nesta época) colocaram eu e Dalila dentro do carro, e rodaram a cidade de cima a baixo procurando uma casa pra gente alugar de emergência.
Enfim, quando fui entregar o convite para padrinhos, perguntei aos dois qual o conselho que eles me davam como padrinhos, e em uníssono eles responderam: - Não case!!! Estes dois são figuraças mesmo, rs.

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